Dc. Filipe Adriano
10 de maio de 2025 (Sábado)
“A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” (Romanos 10:9,15).
Paulo fortalece a verdade do credo e da confissão da igreja quanto ao senhorio de Cristo em suas vidas. Aceitar Jesus como o Senhor é uma doutrina não só essencial, mas presente constantemente na pregação apostólica. Precisamos ter essa consciência na jornada de Fé em nossos dias – a que Cristo é o nosso Senhor (gr. Kyrios) – o que significa Aquele que tem o poder, domínio, autoridade e o direito de mandar.
Não se trata de uma mera confissão de fé, ou uma simples repetição religiosa, mas de uma atitude sincera e interna do coração pela qual declaramos que vivemos nEle, para Ele e que a totalidade de nossa vida está em sua total dependência.
Algumas pessoas cometem o terrível erro de proclamarem sua fé em Jesus, sem que sua vida seja conduzida por Ele em todas as áreas. O projeto do céu para nós é que Cristo possa nos guiar e que possamos andar com Ele em confiança e entregar tudo em suas mãos. Tal como um homem com posse que transfere em cartório tudo que tem para outro, essa foi nossa declaração para Jesus quando o confessamos como Senhor. Ali começou nossa vida em rendição total à Cristo, não só intelectualmente mas verbalmente para que todos pudessem ver e ouvir. “Cristo não é um Salvador parcial. Ele deve ser Senhor de tudo ou não será Senhor de nada.” (A.W Tozer).
Esse fluxo contínuo da graça de Deus encontrado no texto não trata apenas a respeito da fé, e confissão, mas da missão evangelística e do chamado de Deus em nossa vida quanto anunciarmos Aquele que é Senhor e Salvador nosso. Paulo apresenta uma sequência espiritual que revela esse chamado para levar salvação aos homens: Envio, pregação, audição, crença, invocação e salvação. Essa progressão mostra que ninguém será salvo sem ouvir o Evangelho, e ninguém ouvirá se não houver quem pregue e ninguém pregará sem ser enviado.
Isso evidencia a urgência da missão da Igreja, tanto local quanto global. Paulo não está falando aqui apenas de apóstolos ou pastores. O termo “enviados” (gr. apostellō) carrega o sentido de uma comissão divina, que hoje se estende a todo crente. Somos todos embaixadores (2 Coríntios 5:20), portadores da reconciliação. “Missões não é um departamento da igreja. É a razão pela qual ela existe.” (Oswald Smith).
Ao citar Isaías 52:7, Paulo mostra que a missão não é um peso, mas um privilégio. Aqueles que anunciam o Evangelho têm seus “pés” chamados de formosos — ou seja, são agradáveis a Deus, úteis e relevantes para o Reino. Não é um chamado de acomodação, mas de ação. A missão é o coração de Deus pulsando por meio dos pés dos que O servem.” Você está disponível para anunciar Cristo hoje?
Desafio Evangelístico
- Você tem sido uma voz ou um eco? Deus está te chamando para ser voz ativa do Evangelho. Alguém que vai, prega e gera fé em outros.
- Veja seu dia a dia como um campo missionário: sua casa, trabalho, redes sociais, amigos… todos são alvos da graça.
- Você já está “enviado”. O “Ide” já foi liberado em Mateus 28:19. Agora falta obedecer.
Uma necessidade de oração
- Ore por oportunidades e por ousadia. A missão começa com um coração disposto e sensível.
- “Não ore para que Deus envie alguém. Ore para que Deus envie você.” (Charles Spurgeon).
Perguntas Reflexivas:
- Você tem sido uma voz ou eco?
- Está disponível para anunciar Cristo hoje, independentemente das circunstâncias?
- Você está disposto a ser a resposta de suas orações evangelísticas?
- Você obedece as Escrituras porque ama a Deus ou porque espera alcançar a sua salvação?
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