Pr. Bruno Rodrigues
03 de agosto de 2025 (sábado)
“Pois não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando.” (Hebreus 2:5 – NAA).
É normal durante a juventude em algum momento se sentir sozinho e incompreendido. Em Hebreus 2.5-18, somos lembrados de uma verdade poderosa: Jesus se tornou Filho do Homem para que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus; Ele desceu à Terra para nos levar ao Céu; tomou sobre si nossos pecados para que fôssemos revestidos de sua justiça; assumiu nossa natureza (sem pecado) para que um dia compartilhássemos da sua. Ele se fez homem para restaurar tudo o que foi perdido em Adão.
Diante de verdades tão sublimes – e daquilo que já foi exposto no capítulo anterior sobre a divindade e superioridade de Cristo em relação aos anjos – surge uma pergunta: se Jesus, ao se tornar humano, foi por um tempo menor que os anjos, como podemos continuar afirmando sua grandeza? E como confiar plenamente em sua obra?
A resposta está no próprio Cristo: Ele é grande como Filho de Deus, e é igualmente grande como Filho do Homem. Sua divindade não anula sua humanidade – ambas se unem de forma perfeita em sua missão redentora.
Jesus sendo divino também é o homem exaltado. Deus não confiou o mundo vindouro aos anjos. Embora hoje ainda não vejamos a humanidade vivendo plenamente aquilo que foi planejado por Deus, já podemos ver em Jesus o modelo glorioso do que está por vir.
Cristo, o verdadeiro Homem, ocupa uma posição de honra que nenhum anjo jamais ocupará. Ele está entronizado em glória com um corpo humano, ressuscitado, como primícias dos que crerão. Nele vemos o destino glorioso reservado aos filhos de Deus (Hb 2:5-10).
Jesus se identifica conosco – Ele é nosso Irmão, Guia e Intercessor (Hb 2.10-13.) Há uma profunda ligação entre Cristo e os salvos: Ele entende perfeitamente nossos sofrimentos – O texto diz que “convinha” que ele fosse aperfeiçoado pelos sofrimentos. Jesus não é um Salvador distante, mas alguém que passou pelas mesmas dores e tentações. Ele é o nosso irmão mais velho, que percorre o caminho à nossa frente e, mesmo em meio às nossas fraquezas, não se envergonha de nos chamar de irmãos (v.11). Ele nos conduz à adoração verdadeira – Jesus revela o nome do Pai e nos reúne como família em comunhão e louvor (v.12-13). Ele se apresenta ao Pai como alguém que confia e serve junto com os “filhos que Deus lhe deu” – essa é a sua comunidade redimida.
Jesus venceu e nos fez participantes de sua vitória. Ele destruiu o império da morte (Hb 2.14-16) A morte entrou no mundo quando o homem deu ouvidos à voz do diabo no Éden. Desde então, toda a humanidade vive debaixo do medo, da escravidão e da frustração. O império da morte, governado pelo inimigo, parecia invencível. Mas Jesus mudou essa história. Ele enfrentou a morte como homem. Sofreu em nosso lugar, experimentou a condenação e, ao terceiro dia, ressuscitou em triunfo. Agora, embora a morte ainda exista, seu poder foi quebrado. O seu “aguilhão” foi arrancado. Para os que vivem pela fé em Cristo, a morte não é mais um fim, mas uma passagem para estar com o Senhor. Essa vitória não foi conquistada por anjos, mas por Jesus, o descendente de Abraão – o Cristo verdadeiro e humano.
Jesus é nosso sumo sacerdote, que nos ajuda nas fraquezas (Hb 2.17-18). A obra de Jesus não terminou na cruz ou na ressurreição – ela continua hoje. Ele socorre, em tempo real, aqueles que enfrentam tentações. Como homem, Jesus viveu entre nós e, por isso, pode agir como um sacerdote que conhece nossas fraquezas.Em seus sofrimentos e lutas, Ele aprendeu a exercer misericórdia de maneira eficaz. Ele é fiel como Sumo Sacerdote, representando os interesses de Deus – e o interesse de Deus é que seus filhos vivam em vitória sobre o pecado.
Os anjos não podem cumprir esse papel. Somente Jesus, o Cristo encarnado, é o nosso socorro presente nas tentações da vida. Talvez você não tenha pensado nisso, mas Jesus sofreu tentações em sua juventude, Ele sabe o que você está passando e pode te socorrer e te livrar de todo o mal causado pelo pecado.
Cristo é superior aos anjos – não apenas em sua divindade, mas também em sua humanidade. Saber quem ele é é o que ele faz pode determinar nosso estilo de vida. Ele nos representa diante do Pai, caminha conosco nas batalhas e nos garante vitória sobre a morte e o pecado. Em Jesus, temos um Salvador completo, que entende, sofre, vence e intercede. Por isso, confie nele – hoje e sempre.
Desafio Evangelístico
Nesta semana dedique-se a tornar Cristo conhecido como aquele em quem realmente podemos confiar, converse com seus amigos sobre o atual sacerdócio de Cristo como nosso intercessor e ajudador. Assim como Jesus capacitou os discípulos, Ele também o capacitará para ganhar vidas para o Reino.
Uma Necessidade de oração
- Ore pedindo a Deus para te fazer entender a amplitude do ministério celestial de Jesus em favor dos crentes.
- Ore para que seus amigos compreendam a mensagem do evangelho e possa descobrir nele a paz que precisam, ore para que tenham um relacionamento com Jesus.
Perguntas reflexivas
- Você conhece de fato a obra de Cristo?
- Até que ponto saber quem é Jesus e o que ele fez te dá esperança e alegria?
- Você já conversou com alguém sobre como Cristo se relaciona com seus discípulos?
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.