O Amor que Edifica na Liberdade Cristã

Joab Mattheus (DEJAD 11 – Gramoré Polo)

24 de maio de 2025 (Sábado)

“Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.” (1 Coríntios 8.3 – ARA)

O capítulo 8 da primeira carta aos Coríntios trata de uma questão polêmica da época: o comer carnes sacrificadas aos ídolos. Para nós, pode parecer algo distante, mas os princípios apresentados por Paulo são extremamente atuais. A igreja de Corinto vivia em um contexto pagão, e muitos irmãos recém-convertidos ainda estavam fragilizados com suas antigas práticas. Havia cristãos que, por conhecimento, sabiam que o ídolo nada era. Porém, ao usar esse “conhecimento” de forma fria e insensível, feriam a consciência dos mais fracos.

Paulo, então, nos mostra algo essencial: “O saber ensoberbece, mas o amor edifica.” (v. 1). Ele não despreza o conhecimento, mas nos chama a usá-lo com responsabilidade e empatia. O verdadeiro ensino cristão não é feito apenas de doutrina correta, mas de aplicação amorosa que visa o bem do outro.

O apóstolo segue mostrando que, embora tivéssemos liberdade em Cristo, devemos estar prontos a abrir mão dela se for para não escandalizar ou prejudicar a fé do próximo. A liberdade cristã deve ser guiada pelo amor, não pelo ego. Isso nos desafia a pensar: será que temos usado nossa liberdade para edificar ou para ferir? Será que temos agido com empatia ou apenas com razão?

Nas palavras paulinas: “Se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele” (1 Co 8.3) – e ser conhecido por Deus é um chamado à responsabilidade de viver como Cristo, amando até nos detalhes do cotidiano.

A você, jovem, que tem buscado crescer em graça e verdade, que deseja viver com profundidade no Evangelho: atenção! O conhecimento é importante, mas o amor é indispensável. Não se trata apenas de saber o que é certo, mas de escolher o que é melhor para o Reino de Deus, mesmo que isso custe renúncia.

Assim como Paulo disse: “Por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” (v. 13). Esse é o tipo de entrega de quem entendeu o “coração” do Evangelho: amar mais do que ter razão.

Desafio Evangelístico

  • Vivemos em dias em que muitos se orgulham de saber, mas poucos se dispõem a amar. Em nossas conversas, atitudes e redes sociais, temos edificado ou escandalizado? 
  • Que nossa mensagem não seja apenas correta, mas cheia de compaixão. Que nosso testemunho reflita a liberdade que serve e não fere.

Uma necessidade de oração

  • Oremos para que o Senhor molde em nós um coração sensível. Que nosso conhecimento seja usado com sabedoria e que o Espírito nos ensine a discernir quando calar, quando falar, e sempre agir com amor. 
  • Que tenhamos coragem para renunciar ao que for preciso, para que o nome de Cristo não seja difamado por nossas atitudes.

Perguntas Reflexivas:

  • Tenho amado mais a Deus do que minha liberdade pessoal?
  • Minhas atitudes têm sido pedra de tropeço para alguém?
  • Será que o meu jeito de viver revela mais conhecimento ou mais amor?

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