Pr. Kleber Maia
19 de julho de 2025
“Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças em favor de todas as pessoas. Orem em favor dos reis e de todos os que exercem autoridade, para que vivamos vida mansa e tranquila, com toda piedade e respeito.” (1 Tm 2.1-2 – NAA).
Na sua primeira epístola a Timóteo, Paulo nos entrega uma orientação que continua urgente e necessária: a oração precisa ser prioridade, e deve incluir todas as pessoas — inclusive as autoridades. Considerando o tempo difícil em que o apóstolo escreveu esta recomendação, quando Nero era o imperador e a injustiça parecia dominar, não era algo simples ou corriqueiro: orar pelo perseguidor, responsável por muitos males. Contudo, Paulo não recua: a Igreja deve orar, e orar por todos, inclusive, pelos governantes (maus ou bons – segundo a nossa avaliação).
É fácil orar por um líder que admiramos, cuja vida e decisões parecem alinhadas com a justiça e a verdade. Mas o mandamento que recebemos é outro: orar por todos. Não apenas para que façam o que achamos certo, mas para que sejam tocados por Deus, iluminados por Sua sabedoria e alcançados por Sua salvação. Orar pelo bem deles é orar pelo bem de todos — pois onde há justiça e temor a Deus, há paz para o povo.
Devemos entender que orar por quem está no poder não é validar injustiças, mas buscar, diante de Deus, que esses líderes sejam alcançados pela salvação e recebam sabedoria para governar com justiça. Quando oramos, tiramos os olhos da indignação, da reclamação e do nosso sentimento, e colocamos nossa confiança no único que pode transformar corações e mudar cenários: Deus.
Mais do que um dever cívico ou religioso, é um chamado do coração de Deus para Seu povo. A oração da Igreja tem valor diante de Deus — Ele se agrada quando intercedemos pelos outros. E o motivo é claro: Ele deseja salvar a todos. A Igreja não pode se calar ou se omitir. Precisa orar com mãos limpas, sem ódio, sem disputas, com coração quebrantado. Levantamos as mãos e oramos pelos líderes – aquele que consideramos um “mito” e aquele que julgamos ser um erro.
Oramos pelos líderes, mas depositamos a nossa fé em um que é Único. Há apenas um mediador entre Deus e os homens — Jesus Cristo. Nenhum outro. Ele é Deus e também homem. Ele se entregou por nós e nos representa diante do Pai. Pensar que outra figura — por mais amorosa que pareça — possa mediar melhor do que Aquele que morreu por nós na cruz é ofender a graça. Cristo basta. Cristo é suficiente. Ele “vai na frente”, como nosso Intercessor suficiente. Não precisamos buscar mais ninguém.
A oração verdadeira parte de um coração rendido, que reconhece a própria dependência. Por isso, Paulo orienta que se levante as mãos em oração, sem ira nem contenda. Não oramos para impressionar ninguém. Oramos para falar com Deus. Como o publicano da parábola (Lc 18.9-17), nossa oração precisa ser honesta, humilde e cheia de fé. Quem fala com Deus com sinceridade encontra paz, direção e força para continuar.
Ore por sua cidade, seus líderes, suas autoridades. Ore para que Deus toque os corações mais duros. Ore com fé, sabendo que o Senhor ouve e se agrada de quem intercede.
Desafio Evangelístico
Você conhece alguém que vive longe de Deus — talvez até envolvido em política, justiça, ou liderança? Ore por essa pessoa hoje. Peça que Deus o(a) salve, transforme, e use sua vida para o bem. E se puder, compartilhe uma palavra de fé. O Reino de Deus avança também por meio de orações silenciosas e corações dispostos.
Necessidade de Oração
- Há algo em seu coração que impede você de orar com liberdade? Alguma mágoa, raiva ou revolta contra autoridades, líderes ou decisões do passado? Peça a Deus que limpe suas mãos e seu coração. Ele quer ouvir sua oração, mas também quer que você ore como filho, e não como acusador.
- Crente não ora com raiva e nem clama a Deus buscando justiça contra os injustos, mas clama por misericórdia, da qual todos precisamos.
Perguntas Reflexivas
- Você tem orado pelas autoridades da sua cidade e do seu país?
- Consegue orar por quem pensa diferente de você?
- Sua oração expressa dependência ou apenas reclamações?
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