18 de Janeiro de 2025
Aux. Douglisnilson Morais
“Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido” (Mt 18.11 – ARC).
A tecnologia é uma grande aliada para um viajante. Imagine o desafio de fazer uma viagem para um local desconhecido sem o uso de GPS. Nos dias atuais seria algo ilógico, impensado, inimaginável. No entanto, mesmo dispondo dessa ferramenta, não temos total garantia que chegaremos ao destino esperado, com segurança e no menor tempo. Como assim? Existem obstáculos no caminho.
O primeiro obstáculo tem a ver com a própria tecnologia. Muitas vezes o sistema apresenta falhas, seja por problemas na internet, na cobertura da telefonia móvel, ou ainda por desatualização do sistema. E, consequentemente, você se perde no caminho e precisa de ajuda externa que poderá (ou não) auxiliá-lo nesta jornada.
Outros dois obstáculos estão associados a você, condutor. A falta de familiaridade com o sistema, ou excesso de confiança em si e desprezo pelo sistema poderão impedi-lo de chegar ao destino esperado. No primeiro cenário, você até dispõe da tecnologia nas melhores condições. Mas falta habilidade para operá-lo. E a rota não é traçada adequadamente.
No segundo cenário, a autoconfiança é seu grande inimigo. Você julga que não precisa da tecnologia, visto que conhece os caminhos e, os pequenos atalhos e obstáculos serão facilmente superados. Horas depois você está perdido, revoltado, culpando os outros e nunca a si mesmo. Mesmo assim, não se rende ao “socorro” disponível.
Essa ilustração pode ser associada ao texto de Mateus 18. No versículo onze Jesus fala de sua missão e da necessidade dos ‘viajantes’. Ele veio buscar e salvar os perdidos do Caminho. Falando aos seus discípulos, e aplicável à toda a humanidade, o Salvador destaca algumas verdades que muitas vezes estão invisíveis aos nossos olhos.
Ao afirmar ser “O Caminho” (João 14.6), Jesus apresenta-se como aquele que trará direção aos errantes. No entanto, Cabe-lhes buscar nEle o socorro que tanto precisam. Para a vergonha deles e reflexão nossa, a mensagem de Jesus descortinou as condições de seus corações e as motivações que os distanciavam da jornada segura. Talvez aconteça com você neste dia, igualmente.
Aqueles homens caminhavam com Jesus, desfrutavam da sua intimidade, vivenciaram experiências particulares, foram instrumentos de libertação da parte de Deus (Mateus 10) e, mesmo assim, estavam cambaleando no caminho. Afinal, o que causava desvios no Caminho? Ao menos três inimigos podemos evidenciar. Todos eles associados ao coração.
O primeiro inimigo está associado ao senso de grandeza, de ser o maior, o mais importante, o “queridinho de Jesus” (Mateus 18.1). Talvez você sofra dessa síndrome. Já imaginou a discussão? Pedro, Tiago e João certamente teriam “vantagens” frente aos demais, visto estarem presentes nos principais acontecimentos do ministério de Jesus, como a Transfiguração, por exemplo (Mateus 17). Para curá-los dessa enfermidade, Jesus apresenta-lhes uma criança como parâmetro de alguém que caminha em dependência, humildade e submissão – no Caminho. Se confia em quem a conduz, ela descansa e segue o trajeto.
O segundo inimigo relaciona-se com escolhas e suas consequências, tal como uma rota na estrada selecionada sem avaliar todos os fatores envolvidos. Há uma preocupação de Jesus com os “pequeninos” – aqueles mais frágeis na caminhada. Quem protagoniza situações que fragilizam aqueles que trilham o Caminho seguro, jamais imaginam o tamanho do dano causado, nem compreendem a hipocrisia em seus corações. Estes não são do Caminho, por mais que pareçam ser. As palavras do Mestre são diretivas e radicais – corte, renuncie ou…caia fora, você não pertence a nós.
O terceiro inimigo tem a ver com obediência às diretrizes do Caminho. O êxito na viagem depende do quão comprometido estamos com as rotas apresentadas. E se quem direciona é infalível (Cristo), maior o comprometimento e confiança espera-se dos viajantes. Jesus apresenta um exercício simples, mas com desdobramentos complexos.
O que fazer quando alguém peca contra nós?
a) Se vingar dele (a); dar o troco com a mesma moeda.
b) Propagar o pecado do outro, como forma de desmascará-lo.
c) Sofrer calado e cultivar ervas daninhas no coração – ira, amargura, ódio, ressentimento.
d) Ignorá-lo pelo resto da vida; não oferecer-lhe qualquer possibilidade de reconciliação.
e) Buscar o perdão do ofensor, apresentando-lhe, com amor e misericórdia seu pecado, visando restaurá-lo.
Aqueles que marcaram a alternativa (e), e buscam seguir essa verdade na prática, de fato compreenderam o que significa andar no Caminho. As demais alternativas evidenciam um coração autocentrado, que não confia de fato no Guia, Condutor da jornada. A estes, uma palavra do Mestre – Ele veio salvá-lo; você está perdido; aceite as diretrizes dEle.
Desafio Evangelístico
- Se você, ao ler essa reflexão, tem dúvidas se de fato está no Caminho, Ore ao Senhor, reconheça que precisas dEle, renda-se e convide-O para ser de fato seu Salvador e Senhor.
- Se durante a leitura deste texto você lembrou de pessoas errantes no caminho, compartilhe com elas. O Espírito Santo pode redirecioná-las no Caminho.
Uma necessidade de oração
Antes de compartilhar essa mensagem com alguém, ou alguma outra mensagem de igual teor, apresente esta pessoa ao Senhor, interceda, clame por ela.
Perguntas Reflexivas:
- Dos ‘inimigos’ apresentados, algum deles tem lhe seduzido e atrapalhado sua caminhada? Se sim, ore ao Senhor sobre este assunto. Se necessário, procure seu pastor, líder para um momento de aconselhamento.
- O que tens feito para com aqueles que pecam contra você? Está de acordo com as recomendações de Mateus 18?
- Qual a medida do perdão que você tem usado para com o outro? É condizente com a medida de Cristo para conosco?
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