Autor: Douglisnilson Morais

  • Firmes até o fim!

    Pb. Handesson Leão

    31 de Maio de 2025

    Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Co 15.58)

    Neste capítulo, Paulo defende com firmeza a realidade da ressurreição. Ele ensina que a fé cristã não se sustenta apenas nesta vida. A nossa esperança está ancorada em algo eterno: a vitória final de Cristo sobre a morte. Nos versículos 50 a 58, o apóstolo revela o grande mistério — seremos transformados! A morte será vencida, e o corpo mortal será revestido de imortalidade. Aleluia!

    Para pensar…

    Paulo termina esse ensino glorioso com uma convocação: “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor.” (1 Co 15.58). Por quê? Porque agora temos um motivo eterno para permanecer firmes.

    A palavra motivação vem do latim motivus, que significa “aquilo que move”. Ou seja, ninguém age sem um motivo. E o texto de hoje nos oferece o maior de todos – a certeza da vitória em Cristo!

    A fé cristã não é baseada em promessas vazias, mas em um fato consumado — Jesus venceu a morte! Isso nos move. Isso nos motiva. Não trabalhamos, servimos e sofremos por acaso. Há um propósito eterno por trás de cada passo de obediência.

    Essa motivação que nasce da fé é o combustível que precisamos quando o cansaço chega, quando o resultado parece distante ou quando a mal sussurra mentiras ao nosso redor. O que nos move não é reconhecimento humano, nem recompensas terrenas — é o que Cristo já fez e o que ainda fará.

    Somos chamados a viver com os olhos na eternidade, sem abandonar a fidelidade no presente. A fé que nos motiva é a fé que nos firma.

    Pergunte a si mesmo: o que tem me movido? Se a resposta não estiver ligada à eternidade, talvez seja hora de reajustar o foco. Escolha hoje um ato concreto que revele sua fé viva — ore com alguém, envie uma palavra de ânimo, continue servindo, mesmo sem aplausos. Lembre-se: nada do que fazemos no Senhor é em vão.

    Desafio evangelístico:

    • Desafio você, jovem, a falar da vida eterna em Cristo. Certamente você conhece alguém que pode estar desanimado, frustrado, sem direção na vida, entristecido por perdas ou decepções. Fale à ele (a) da eternidade com Cristo; convide-o (a) a participar de um culto ao Senhor ou uma manhã de Escola dominical; esteja interessado em suas dúvidas e busque respostas bíblicas junto ao seu pastor, líder ou professor.

    Uma necessidade de oração:

    • Se você escolheu alguém para cumprir o desafio evangelístico, ore por essa pessoa. Apresente sua vida ao Senhor e peça a Ele oportunidades para falar do amor de Deus e da alegria que será viver eternamente com Ele.

    Perguntas reflexivas:

    • Em quem está depositada a sua confiança? Essa verdade lhe traz firmeza e esperança?
    • Quais as motivações de seu coração no servir a Cristo? A glória de Deus é sua prioridade?
    • Que compromissos você precisa assumir após a leitura desse texto, juntamente com o capítulo 14 da primeira carta de Paulo aos crentes de Corinto?
  • Cada alma importa — inclusive a que me desafia

    Willyane Sousa (DEJAD 11 – Gramoré Polo)

    24 de Maio de 2025

    “Portanto, se a comida escandalizar meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize”

    (1 Co 8:13)

    Se vivemos conforme o que aprendemos no AVIVA 2025, então o “não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20) precisa chegar a um novo nível, em que cada pequena ação, gesto ou palavra importa.

    Ao ler em 1 Coríntios 8, Paulo nos convida a abrir mão de algo que não é impuro, por amor ao nosso irmão. Então, eu reflito: “quanto das minhas ações realmente levam em conta o impacto que causam no outro?” O quanto eu estou tirando um pouco os olhos de mim e olhando para o meu próximo? 

    Ao perguntarem a Jesus o que significa o “meu próximo”, Ele deixou claro que não era para fazermos o bem somente a nossa família, amigos, congregação… precisamos ir além. Seja qual for o ser humano, se ele me enxerga como cristão — e até mesmo tem contato comigo—, eu vou, por amor a ele, vigiar minhas atitudes. Ora, quais? Meu modo de falar, de vestir, de agir.

    Mas quando eu limito isso somente aos que estão nos meus ciclos sociais, eu sou tão miserável, pois Cristo mesmo morreu por pecadores, Paulo traz isso em sua carta aos Romanos ao dizer que “dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.6-11).

    Quando nos tornamos uma nova criatura ao aceitar o sacrifício de Cristo, nos tornamos um com Ele, Justificados em Cristo Jesus para as boas obras (Ef 2.10). Como você julga que Cristo, sendo o seu Senhor, ordena que você viva? Isso mesmo, amando o próximo como a ti mesmo. Se usufruímos da benção que é ser cristão, que assumamos também a responsabilidade que é estar nessa posição.

    Essa nova vida em Cristo revela algo muito profundo: não sou mais eu quem falo, mas o Espírito Santo tocando o coração de alguém através de mim; não sou mais eu quem faço, são os ensinamentos de Cristo sendo refletidos através de mim. Sim, isso é uma grande responsabilidade, mas é essa identidade que assumimos ao vivermos sobre a graça do sacrifício dEle; não é sobre nós, agora representamos o Seu Reino, o Seu Nome; não são minhas escolhas, mas as escolhas soberanas dEle, inclusive no tocante à salvação. 

    Em resumo, cada alma importa para Jesus e, por isso, devo ser um testemunho vivo, um tributo ao meu Salvador, de modo a “atrair” outros para Ele. Ainda que seja um “samaritano”, importa-me orar e anunciar-lhe o evangelho da salvação. Ai de mim, se recuar nessa missão (1 Co 9.16). É ordem do Supremo Deus.

    Reflita comigo: como suas atitudes têm refletido a renúncia de Cristo por nós?

    Desafio evangelístico:

    • Que tal agir diferente com alguém que você não tem tanta proximidade? Alguém que é, aparentemente, excluído dos demais, e estender-lhe a mão? 
    • Todos nós queremos ser vistos, mas nos escondemos por medo, insegurança, vergonha, ou algo parecido. Jesus quer buscar essas pessoas das sombras, você está disposto (a) a ir até lá?

    Uma necessidade de oração:

    • Ore para que você se torne mais sensível e possa enxergar quem está ao seu lado.

    Perguntas reflexivas:

    • Jesus quer buscar até mesmo pessoas que estão nas sombras, você está disposto a ir até lá?
    • Quanto das suas ações realmente levam em conta o impacto que causam no outro?
    • Como suas atitudes têm refletido a renúncia de Cristo por nós?

  • O Amor que Edifica na Liberdade Cristã

    Joab Mattheus (DEJAD 11 – Gramoré Polo)

    24 de maio de 2025 (Sábado)

    “Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.” (1 Coríntios 8.3 – ARA)

    O capítulo 8 da primeira carta aos Coríntios trata de uma questão polêmica da época: o comer carnes sacrificadas aos ídolos. Para nós, pode parecer algo distante, mas os princípios apresentados por Paulo são extremamente atuais. A igreja de Corinto vivia em um contexto pagão, e muitos irmãos recém-convertidos ainda estavam fragilizados com suas antigas práticas. Havia cristãos que, por conhecimento, sabiam que o ídolo nada era. Porém, ao usar esse “conhecimento” de forma fria e insensível, feriam a consciência dos mais fracos.

    Paulo, então, nos mostra algo essencial: “O saber ensoberbece, mas o amor edifica.” (v. 1). Ele não despreza o conhecimento, mas nos chama a usá-lo com responsabilidade e empatia. O verdadeiro ensino cristão não é feito apenas de doutrina correta, mas de aplicação amorosa que visa o bem do outro.

    O apóstolo segue mostrando que, embora tivéssemos liberdade em Cristo, devemos estar prontos a abrir mão dela se for para não escandalizar ou prejudicar a fé do próximo. A liberdade cristã deve ser guiada pelo amor, não pelo ego. Isso nos desafia a pensar: será que temos usado nossa liberdade para edificar ou para ferir? Será que temos agido com empatia ou apenas com razão?

    Nas palavras paulinas: “Se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele” (1 Co 8.3) – e ser conhecido por Deus é um chamado à responsabilidade de viver como Cristo, amando até nos detalhes do cotidiano.

    A você, jovem, que tem buscado crescer em graça e verdade, que deseja viver com profundidade no Evangelho: atenção! O conhecimento é importante, mas o amor é indispensável. Não se trata apenas de saber o que é certo, mas de escolher o que é melhor para o Reino de Deus, mesmo que isso custe renúncia.

    Assim como Paulo disse: “Por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” (v. 13). Esse é o tipo de entrega de quem entendeu o “coração” do Evangelho: amar mais do que ter razão.

    Desafio Evangelístico

    • Vivemos em dias em que muitos se orgulham de saber, mas poucos se dispõem a amar. Em nossas conversas, atitudes e redes sociais, temos edificado ou escandalizado? 
    • Que nossa mensagem não seja apenas correta, mas cheia de compaixão. Que nosso testemunho reflita a liberdade que serve e não fere.

    Uma necessidade de oração

    • Oremos para que o Senhor molde em nós um coração sensível. Que nosso conhecimento seja usado com sabedoria e que o Espírito nos ensine a discernir quando calar, quando falar, e sempre agir com amor. 
    • Que tenhamos coragem para renunciar ao que for preciso, para que o nome de Cristo não seja difamado por nossas atitudes.

    Perguntas Reflexivas:

    • Tenho amado mais a Deus do que minha liberdade pessoal?
    • Minhas atitudes têm sido pedra de tropeço para alguém?
    • Será que o meu jeito de viver revela mais conhecimento ou mais amor?
  • A Loucura Que Nos Salva

    Jeferson Efraim Medeiros (DEJAD / Setor 31)

    17 de maio de 2025

    “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (1 Co 1.18).

    Paulo recebeu algumas informações a respeito da igreja de Corinto e percebeu a necessidade de tratar de temas importantes através de suas cartas. Ele inicia a 1ª epístola falando sobre a divisão entre os irmãos. Ao saber que estavam divididos em seus pensamentos e lealdades, Paulo rapidamente os lembra do que deve ser o centro da fé cristã: a base da igreja não está em nenhum homem, por mais sábio ou exemplar que seja, mas sim em Jesus Cristo e na sua mensagem.

    Naquele tempo, Corinto era uma cidade importante, cheia de influências culturais e intelectuais. Os gregos valorizavam muito a filosofia e a retórica — ou seja, a capacidade de falar de forma bonita, lógica e persuasiva. Havia escolas filosóficas, como a dos estoicos e epicureus, que ensinavam ideias sobre o sentido da vida, felicidade e moralidade baseadas no raciocínio humano. Os sofistas também ganhavam fama por saberem “vencer” debates, mesmo que não tivessem compromisso com a verdade. Isso tudo começou a afetar a maneira como os cristãos de Corinto enxergavam a fé.

    Hoje em dia não é tão diferente. Vemos nas redes sociais muitos discursos bem montados, cheios de lógica e até com aparência de sabedoria, ganhando destaque. Pessoas que conquistam grande número de seguidores conseguem guiar opiniões, ditar tendências e até moldar valores. O problema é quando esse tipo de influência começa a tomar o lugar da Palavra de Deus na vida das pessoas. Quantas ideias centradas no prazer próprio, na liberdade sem responsabilidade e numa felicidade sem sacrifício se tornam “verdades” para tantos? É nesse contexto que Paulo escreve algo forte e claro:

    “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (1 Coríntios 1:18).

    Paulo reconhece que a mensagem da cruz — um Deus que se fez homem, sofreu, foi crucificado como criminoso e ressuscitou — não faz sentido para quem está preso à razão humana, mas sendo a poderosa verdade, é salvação para os que nela acreditam. Por isso ele precisou reafirmar que o centro da vida da igreja tinha que se manter nas boas novas da cruz de Cristo. O apóstolo reitera falando com ironia:

    “Pois a “loucura” de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a “fraqueza” de Deus é mais forte que a força humana.” (1 Coríntios 1:25).

    Certamente não há loucura nem fraqueza em Deus, mas considerando que o mundo caminha na contramão do que o Senhor propõe, vivamos como loucos para Ele, e permaneçamos assim, pois “mais importa agradar a Deus do que aos homens” (Atos 5.29). Apontando para a cruz, Paulo estava dizendo “olhem para Cristo, o que Ele ensinou, o que Ele fez e o resultado do seu sacrifício, e por mais que para o mundo pareça insanidade, estaremos salvos por Ele”.

    Desafio Evangelístico

    • Paulo sentiu a necessidade de alertar ao povo de Corinto das filosofias e maneiras de pensamento que enganam o ser humano e distorcem a verdade do evangelho, e aqui quero te trazer a reflexão do que você pode estar consumindo ou tendo como referência na caminhada cristã. 
    • A maneira de se fazer essa análise é lendo a Palavra do Senhor, pedindo a direção do Espírito Santo para assim poder filtrar qualquer conteúdo que possa ter aparência bela e persuasiva, mas te afastem de Cristo e da sua vontade.

    Uma necessidade de oração

    • Apresente ao Senhor a sua mente, para que ela não venha se conformar com as coisas do mundo, mas que transformada pelo Espírito Santo ela possa estar sempre pensando nas coisas do alto, e no que é eterno (Rm 12.2; Cl 3.1,2). 
    • Que você possa ter o desejo contínuo de conhecer ao Senhor e não venha a se embaraçar com as coisas deste mundo (2 Tm 2.3-5).

    Perguntas Reflexivas

    • Será que você tem buscado ler a palavra de Deus e entender sobre o Senhor ou tem deixado simplesmente para ouvir o que falam dEle?
    • Você já parou para analisar sua vida à sombra da cruz de Cristo? Tem entendido que vive pela graça e, embora não sejam seus méritos, sua vida deve refletir a nova vida que tem em Cristo Jesus?
    • Será que você tem omitido sua fé, sua identidade em Cristo por medo do que vão pensar de você? 
  • Fé, Confissão e Evangelização

    Dc. Filipe Adriano

    10 de maio de 2025 (Sábado)

    “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” (Romanos 10:9,15).

    Paulo fortalece a verdade do credo e da confissão da igreja quanto ao senhorio de Cristo em suas vidas. Aceitar Jesus como o Senhor é uma doutrina não só essencial, mas presente constantemente na pregação apostólica. Precisamos ter essa consciência na jornada de Fé em nossos dias – a que Cristo é o nosso Senhor (gr. Kyrios) – o que significa Aquele que tem o poder, domínio, autoridade e o direito de mandar. 

    Não se trata de uma mera confissão de fé, ou uma simples repetição religiosa, mas de uma atitude sincera e interna do coração pela qual declaramos que vivemos nEle, para Ele e que a totalidade de nossa vida está em sua total dependência. 

    Algumas pessoas cometem o terrível erro de proclamarem sua fé em Jesus, sem que sua vida seja conduzida por Ele em todas as áreas. O projeto do céu para nós é que Cristo possa nos guiar e que possamos andar com Ele em confiança e entregar tudo em suas mãos. Tal como um homem com posse que transfere em cartório tudo que tem para outro, essa foi nossa declaração para Jesus quando o confessamos como Senhor. Ali começou nossa vida em rendição total à Cristo, não só intelectualmente mas verbalmente para que todos pudessem ver e ouvir. “Cristo não é um Salvador parcial. Ele deve ser Senhor de tudo ou não será Senhor de nada.” (A.W Tozer).

    Esse fluxo contínuo da graça de Deus encontrado no texto não trata apenas a respeito da fé, e confissão, mas da missão evangelística e do chamado de Deus em nossa vida quanto anunciarmos Aquele que é Senhor e Salvador nosso. Paulo apresenta uma sequência espiritual que revela esse chamado para levar salvação aos homens: Envio, pregação, audição, crença, invocação e salvação. Essa progressão mostra que ninguém será salvo sem ouvir o Evangelho, e ninguém ouvirá se não houver quem pregue e ninguém pregará sem ser enviado. 

    Isso evidencia a urgência da missão da Igreja, tanto local quanto global. Paulo não está falando aqui apenas de apóstolos ou pastores. O termo “enviados” (gr. apostellō) carrega o sentido de uma comissão divina, que hoje se estende a todo crente. Somos todos embaixadores (2 Coríntios 5:20), portadores da reconciliação. “Missões não é um departamento da igreja. É a razão pela qual ela existe.” (Oswald Smith). 

    Ao citar Isaías 52:7, Paulo mostra que a missão não é um peso, mas um privilégio. Aqueles que anunciam o Evangelho têm seus “pés” chamados de formosos — ou seja, são agradáveis a Deus, úteis e relevantes para o Reino. Não é um chamado de acomodação, mas de ação. A missão é o coração de Deus pulsando por meio dos pés dos que O servem.” Você está disponível para anunciar Cristo hoje?

     Desafio Evangelístico

    • Você tem sido uma voz ou um eco? Deus está te chamando para ser voz ativa do Evangelho. Alguém que vai, prega e gera fé em outros.
    • Veja seu dia a dia como um campo missionário: sua casa, trabalho, redes sociais, amigos… todos são alvos da graça.
    • Você já está “enviado”. O “Ide” já foi liberado em Mateus 28:19. Agora falta obedecer.

     Uma necessidade de oração

    • Ore por oportunidades e por ousadia. A missão começa com um coração disposto e sensível.
    • “Não ore para que Deus envie alguém. Ore para que Deus envie você.” (Charles Spurgeon).

    Perguntas Reflexivas:

    • Você tem sido uma voz ou eco?
    • Está disponível para anunciar Cristo hoje, independentemente das circunstâncias?
    • Você está disposto a ser a resposta de suas orações evangelísticas?
    • Você obedece as Escrituras porque ama a Deus ou porque espera alcançar a sua salvação?
  • Os méritos são de Jesus Cristo!

    Heloá Ohanne

    03 de Maio de 2025

    “Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé.” (Rm 3.27 – ARC).

    Ao longo de nossa caminhada, por vezes, a arrogância nos rodeia de perto. E, de alguma forma, a recordação daquilo que nos torna cristãos, isto é, a salvação, é esquecida. Atento a isso, após uma série de capítulos expondo que toda a humanidade é pecadora, Paulo se preocupa com a possibilidade da vanglória na vida daqueles cristãos em relação a sua justificação. O que não era impossível existir devido à sua matéria humana, mas, principalmente, pela má influência da presunção judaica.

    E, em vez desse texto causar forte descontentamento para a congregação romana, pois “se não posso fazer nada para ser salvo, o que será de mim?”, esses versículos são o alívio que aquela igreja, assim como eu e você, necessitava. De fato, a justificação pela fé nos garante plena confiança que, independente do tempo, das circunstâncias e das tentações, teremos paz com Deus.

    Imagino que você já pensou que poderia “guardar” essa salvação consigo mesmo a partir da obediência à Lei, mas todas as vezes essa segurança escapou de suas mãos porque era impossível cumpri-la por inteiro. No entanto, eu quero te convidar a fazer o caminho inverso que Paulo nos apresentou pelo Espírito de Deus.

    Martinho Lutero, pioneiro da Reforma Protestante, afirmou que a Lei nos leva a Cristo e Cristo nos leva à Lei. Como pode ser isso? Após recebido a purificação de uma consciência culpada em Cristo Jesus, Ele porá em seu coração o zelo pelos seus mandamentos. Então, livremente, você se sentirá à disposição para obedecê-lo.

    Por isso, não procure as obras da Lei para alcançar a Deus, procure Cristo e, quando o tiver encontrado, Ele o mandará de volta à Lei para amá-lo, isto é, para obedecer seus mandamentos (Jo 14.21). Quando a arrogância chegar, olhe para a cruz, ela te lembrará de quem te salvou e eu te garanto que não foi você mesmo.

    Desafio Evangelístico

    • Procure manter sua constância na leitura bíblica e numa vida de devoção à Deus. Somente na Bíblia você encontrará, não só o que deve fazer para agradar a Deus, mas também como deve executar Essas ordenanças, princípios, mandamentos.

     Uma necessidade de oração

    • Ore para que Deus retire toda presunção e arrogância de sua vida para que você possa viver a poderosa graça de Deus. 
    • Entregue ao Senhor a vida daqueles que também necessitam ser alcançados por Jesus. Olhe com humildade e compaixão para eles; lembre-se de que você já esteve na mesma situação que eles, antes de conhecer a Cristo.

    Perguntas Reflexivas:

    • O que te impede de viver ainda mais a Graça de Deus?
    • Você olha com reprovação para os seus erros da mesma forma que olha para os de seus irmãos?
    • Você obedece as Escrituras porque ama a Deus ou porque espera alcançar a sua salvação?
  •  Não existem coincidências!

    Aux. Italo Rafael

    26 de Abril de 2025 (Sábado)

    “Paulo respondeu: Em pouco ou em muito tempo, peço a Deus que tanto o senhor como os demais aqui presentes se tornem como eu, exceto por estas correntes.” (At. 26:29 – NVT).

    Certa feita eu estava assistindo um filme em que um dos personagens era o detetive da cidade. Uma das falas mais marcantes deste, durante o longa é: “na vida de um detetive não existem coincidências”. Esta afirmação me fez refletir de tal forma, pois percebi que na vida de um cristão também não há espaços para “coincidências”. Sejam locais em que estamos, pessoas que conhecemos ou situações em que somos colocados: todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, e que são chamados segundo o Seu Propósito (Rm. 8:28).

    E Paulo viveu este propósito na íntegra. No capítulo 21 de Atos, ele prega para uma multidão que poucos minutos antes estava querendo matá-lo. Já no 22, ele ministra o seu encontro com Jesus para o alto escalão religioso de fariseus e saduceus de Jerusalém. “Não satisfeito”, no capítulo seguinte, expõe o Evangelho ao governador Félix e outros líderes do povo, incluindo o sumo sacerdote Ananias e um advogado chamado “Tértulo” (contratado para acusar o próprio Paulo diante do governador). E o padrão segue nos capítulos 25 e 26, em que mesmo preso e acorrentado, apresenta as Boas Novas de Cristo Jesus a Festo e a Agripa, respectivamente o governador e o rei da Judeia.

    O apóstolo dos gentios tinha um objetivo claro: mesmo em meio a sofrimentos angustiantes, a mensagem da cruz precisava chegar até o Imperador de Roma, e a quantos mais fosse possível alcançar. Todos precisam conhecer a Cristo, quer passando por correntes (assim como Paulo), ou não. 

    É de se analisar que, provavelmente, a maior inspiração paulina deixada para a Igreja de Jesus está resumida em um versículo que o próprio apóstolo escreveu a Timóteo: “pregue a palavra. Esteja preparado, quer a ocasião seja favorável, quer não. Corrija, repreenda e encoraje com paciência e bom ensino.” (2 Tm. 4:2 – NVT). Ao mesmo tempo que somos profundamente amados pelo Senhor, somos altamente responsáveis por carregar a Sua mensagem, custe o que custar. Ao nos descrever como um “reino de sacerdotes” (1 Pe. 2:9), Pedro declara que a missão das nossas vidas é conectar as pessoas do nosso dia a dia com o Seu Criador. Em resumo: conhecer ao Senhor, e fazê-Lo conhecido.

    Você pode até achar que é uma grande coincidência estar matriculado(a) em tal escola/curso, ou conhecer pessoas que “do nada” apareceram na sua vida. Mas assim como Paulo, não precisamos ser detetives para entender que, na verdade, somos embaixadores do Rei do Universo em qualquer lugar que chegamos ou situação em que nos encontramos. Se as pessoas não acreditam quando você diz que Jesus está vivo, viva uma vida que comprove que Ele está. É hora de assumirmos com vontade e integralidade o nosso papel de cooperadores do Rei (1 Co. 3:9), nesta colheita que vai até os confins da Terra!

    Desafio Evangelístico

    Durante esta semana, aproveite as oportunidades que surgirem para falar sobre Jesus com 3 pessoas com quem você convive bastante ou não. Se o pneu do seu carro furar, por exemplo, é bem provável que Jesus esteja querendo marcar um encontro com o borracheiro (rsrs).


    Uma necessidade de oração

    • Ore para que Jesus prepare pessoas em ambientes e ocasiões à sua volta para que ouçam o Evangelho. E ore por coragem e ousadia para viver estes momentos (At. 4:29,30).

    Perguntas Reflexivas:

    • Se as pessoas que eu conheço dependessem da minha disposição para que elas encontrassem a Jesus, este encontro aconteceria?
    • Ao saber que para fazer parte da Igreja do Senhor eu preciso automaticamente estar envolvido na missão d’Ele (Mt. 9:38), o que eu estou fazendo para cooperar com isso?
    • Qual é a maior prova de amor que você pode dar para as pessoas ao seu redor?

  • Seja a mudança: O Evangelho de Cristo transforma vidas e se espalha através de você!

    Pb. Eliab Moura

    19 de Abril de 2025 (Sábado)

    “Assim, de maneira poderosa, a palavra do Senhor era anunciada e se espalhava cada vez mais” (Atos 19:20)

    Em Atos dos Apóstolos, encontramos o registro da conversão do segundo maior missionário que a terra já viu, o Apóstolo dos gentios – Paulo de Tarso. No capítulo 19 do livro, temos o registro sagrado referente à sua terceira viagem missionária, mais precisamente visitando a maior cidade da Ásia menor, chamada de Éfeso.

    A população da cidade era sincretista – unia diversas tradições e cultos a deuses pagãos. Dentre esses existia uma deusa muito adorada pelos Efésios, chamada de Diana na mitologia Romana e Ártemis no panteão grego. 

    Ao entrar em Éfeso, Paulo se depara com doze homens que foram discipulados e batizados segundo os ensinos de João Batista, sem jamais ouvir falar do Espírito Santo. Ele então prega-lhes sobre Jesus Cristo e, ao impor-lhes as mãos, todos foram batizados com o Espírito Santo, falando línguas e profetizando, em continuidade à profecia do derramamento do Espírito, pelo profeta Joel, iniciada no Pentecostes (Jl 2.28-32; At 2.1-4; 19.1-7).

    Naquela cidade, Paulo dedica cerca de dois anos de seu ministério a evangelizar os efésios e habitantes locais, de modo que TODOS os gregos e judeus daquela província ouviram falar de Jesus (At 19:10) e muitos se converteram a Cristo confessando seus pecados, sendo também libertos do ocultismo (At 19: 18-19).

    Como é possível que em uma população de cerca de 250 mil habitantes, através de um só homem, o evangelho de Cristo causasse um impacto tão significante a ponto de transformar um povo politeísta em monoteísta, levando-os a abandonar as “artes mágicas” e queimar em público suas literaturas sobre o tema, num valor equivalente a cinquenta mil moedas de prata? A convicção de que Cristo salva, cura, liberta o mais vil pecador.  

    De que modo é possível explicar que, através de uma mensagem transformadora, pessoas abdicaram da sua profissão, convencidas de que suas práticas não agradavam a Deus, num ato de fé, sem saber como será o amanhã, mais conscientes que fizeram a coisa certa? É a ação do Espírito Santo em seu interior.

      Que extraordinário! Um simples homem, sem exército, influência ou riqueza, mas pelo uso das palavras, apresenta a mensagem de salvação em Cristo Jesus, a ponto de causar um alvoroço na cidade, trazendo temor a aproximadamente 25 mil pessoas, devotas da deusa Diana. Como isso é possível? Pela convicção de fé, obediência ao chamado e amor pelas almas.

    O apóstolo Paulo foi um grande exemplo para todos nós, um instrumento nas mãos do Redentor. Imagine o que Cristo pode fazer através de você. Pessoas estão sofrendo com enfermidades físicas e, principalmente,  espirituais, e o Cristo que curou através de Paulo quer curar pessoas através de você; o Cristo que libertou cativos através de Paulo quer libertar através de você; o Cristo que salvou através de Paulo quer salvar através de você. Imagine a alegria de chegar no fim de sua vida, olhar para trás, se alegrar por ter cumprido sua missão e ser capaz de dizer: “combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé” (2 Tm 4.7).

    O reino de Cristo conta contigo! 

    Que as abundantes bênçãos do Senhor estejam sobre sua casa, que o reino de Cristo cresça através de sua vida!

    Desafio Evangelístico

    • Onde é a sua Éfeso? Faculdade, Trabalho, Bairro…? Que tal levar o amor de Cristo em sua Éfeso?
    • Convide um amigo a um culto em uma de nossas igrejas, aproveite o ano da colheita (2025) e inicie esse segundo trimestre “ganhando” almas para o reino de Cristo.

    Uma necessidade de oração

    • Sabemos que a fé sem obras é morta, a verdadeira fé se manifesta através de nossas ações, porém para que Cristo se manifeste através de sua vida é necessário comunhão. 
    • Não deixe de fazer seu devocional diário e de buscar a Deus em oração; interceda para que o evangelho de Cristo cresça através de sua vida. 

    Perguntas Reflexivas:

    • O que está faltando para que Cristo te use como usou Paulo para os gentios?
    • C. S. LEWIS, certa vez afirmou: “Sabemos que não podemos voltar atrás e mudar o começo, mas podemos iniciar a mudança hoje e mudar o final”. Sendo assim, o que acha de recomeçar a Jornada com Cristo de forma diferente hoje? Vamos assumir esse compromisso?

  • O grande desafio da Igreja: Pregar a Palavra

     Pr. Antônio do Carmo Júnior

    12 de abril de 2025 (sábado)

    “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus”. (Atos 12.5).

    No capítulo 12 de Atos dos Apóstolos, encontramos uma situação astuciosa do inimigo querendo pôr medo na igreja e desejando que ela parasse de pregar. O rei Herodes, para agradar os judeus, mandou matar a Tiago e prender Pedro, deixando-o sob a vigilância de dezesseis soldados na prisão, com a intenção de apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. Uma espécie de “troféu”, expressando poder e, ao mesmo tempo, afronta e perseguição contra os cristãos (At 12.1-4).

    Na noite que antecede o comparecimento de Pedro a Herodes, eis que sobreveio o anjo do Senhor e resplandeceu uma luz na prisão, tocando no lado de Pedro, o despertou dizendo: levanta-te depressa e logo caíram-lhe das mãos as cadeias. O anjo ordenou-lhe para calçar as sandálias, tomar a capa e segui-lo, ele obedeceu. Todavia, pensava não ser real o que estava acontecendo, mas uma visão (At. 12.5-9). 

    Ao passarem pela primeira e segunda guardas, chegaram à porta de ferro, que dava acesso para a cidade. As portas abriram por si mesmas e, após percorrerem uma rua, o anjo se apartou de Pedro. Foi então que ele tornando a si percebeu que era real o que estava acontecendo; Deus lhe concedeu um grande livramento (At 12.10,11).

    Do “outro lado da cidade”, algo acontecia. Na casa de Maria, mãe de João Marcos, havia uma igreja que posicionava-se em contínua oração a Deus em favor de Pedro (vale a pena orar; nunca é desperdício orar; Deus responde às orações que O glorificam). Então, o Senhor operou um grande milagre, libertando seu servo das garras do maligno Herodes. De repente, a “resposta da oração bate à porta”. Era Pedro que chegara para celebrar com eles o livramento. Ao ouvir a batida, uma menina saiu a escutar e conheceu a voz de Pedro, indo imediatamente transmitir a notícia aos discípulos que por sua vez não acreditaram nela (grande foi o milagre). Com a insistência da menina, eles foram verificar e, de fato, era Pedro, trazendo-lhes surpresa e espanto. Grande foi o culto naquele lar naquela noite. Todos ouviram alegremente como Deus o tirara da prisão (At 12.12-17).

    Ao amanhecer do dia seguinte, houve um grande alvoroço entre os soldados sobre o que seria feito de Pedro e, quando Herodes o procurou e o não achou, feita inquirição aos guardas, mandou-os justiçar. Pedro partiu da Judeia para Cesaréia e continuou a pregar cumprindo assim a missão que o Senhor determinou. 

    Mesmo diante das adversidades e perseguições, Pedro não deixou de pregar a palavra, o evangelho da salvação. Seu coração ardia por proclamar que “Jesus Cristo Salva, Cura, Batiza com o Espírito Santo e breve voltará”. Que possamos, a exemplo de Pedro, seguir esse exemplo de testemunho e anunciar Jesus Cristo – o único salvador das nossas vidas.

    Deus nos abençoe! nos conceda mais da sua unção e graça para anunciar as boas novas de salvação.

    Amém!


    Desafio Evangelístico

    • Seja encorajado pela história de convicção de Pedro que, mesmo correndo risco de morte, não deixou de cumprir com a missão de levar as boas novas aos perdidos. Não se amedronte diante das perseguições no lar, na vizinhança, na escola / faculdade, no trabalho etc. Não deixe de falar do grande amor de Deus. 
    • Todos os dias procure falar de Jesus com as pessoas ao seu redor; peça a Deus para vivenciar experiências com Ele. Você vai perceber as mudanças significativas em sua vida. E terás muitos testemunhos para contar para a glória de Deus.
    • Participe das atividades de evangelismos e missões da sua igreja, pois Deus o capacitará nessa nobre obra. É o Ano da Colheita!

    Uma necessidade de oração

    • Ore ao Senhor por um grande avivamento na igreja, nesses dias que antecedem ao arrebatamento. Deus está disposto a revestir com poder o seu povo, para “conquistar” almas para o seu reino.
    • Que sejamos comprometidos com orações intercessórias pelo nosso bairro, cidade, país, como também as nações que não conhecem o grande amor de Deus; que o Senhor “levante” um grande exército de pregadores fiés e comprometidos com as Escrituras.

    Perguntas Reflexivas:

    • Você já procurou participar com mais intensidade nos círculos de oração de jovens e até mesmo de adultos da sua igreja, objetivando maior revestimento do poder de Deus, a fim de anunciar com mais ousadia a Palavra de Deus? O que lhe impede?
    • Está disposto(a) a continuar anunciando a palavra do Senhor mesmo sofrendo perseguições e adversidades por parte do inimigo? E até ser desprezado por alguns irmãos ou líderes? Cristo conta com você!

  • Obedecendo a Deus com o ensino de Cristo

    Dc. Moab Santos

    05 de Abril de 2025 (Sábado)

    “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5.29 – ARC).

    O capítulo 5, do livro dos Atos do Apóstolos, inicia apresentando um casal que tramou inserir engano no meio da congregação. Embora alguns estivessem vendendo suas propriedades e doando o valor, não havia obrigação de doação. Mas era sempre bem recebida toda a ajuda que ofertavam. Diante deste contexto, como sempre existem pessoas olhando mais para a fama que para a causa principal, Ananias e Safira viram como oportunidade doar parte da venda e ganhar a fama de um casal totalmente piedoso. E sobre estes, Deus chegou com juízo e os matou. Pois mentiram diante da congregação, e as palavras de Pedro foram: “Não mentiste aos homens, mas a Deus” (v. 4).

    Lucas expressa o resultado desta experiência da seguinte forma: “E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas” (v. 11). Estava cada vez mais claro a realidade do Deus presente. Aquele que antes foi morto, mas agora estava vivo. O Emanuel, Aquele que fala, faz e não desampara nunca. A multidão dos que criam crescia cada vez mais (v. 14). Até das cidades circunvizinhas estavam trazendo enfermos e atormentados e eram todos curados (v.16).

    Como já era de se esperar, a oposição, representada pelos saduceus, ficou irritada e cheia de inveja. E é sempre assim, quando não se está cheio do Espírito Santo. A força, dá lugar ao medo; a alegria, à tristeza e a inveja reina no coração. Mas, Pedro, mesmo sob ameaças, sendo admoestado a não ensinar no nome de Jesus, respondeu com firmeza e convicção: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5.28,29). Esta coragem de Pedro para pregar o Evangelho diante das ameaças não era natural. Não se tratava de um impulso carnal. Ele havia pedido ajuda a Deus; o Espírito que nele habitava o impulsionava diante da convicção da realidade do Salvador. Vejamos o que diz em Atos 4.29-31:

    “Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.” (At 4.29-31).

    O ministério de quem tem compromisso com o Senhor tem um brilho especial. Deus conhece aqueles que buscam agradar Àquele que o alistou para a obra. A aprovação de Deus não afasta as aflições, mas garante a recompensa nas regiões celestiais. O obreiro aprovado não serve para receber. Ele já recebeu, e o que Deus fez ninguém mais poderia fazer. Estas são as palavras de Pedro em sua primeira epístola:

    “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, Que mediante a fé estais guardados no poder de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;” (1 Pedro 1.3-7).

             A você, jovem, que tem nos acompanhado nesta jornada devocional, que busca viver para agradar a Deus; que esforça-se a viver em santidade; desejoso a ser um contínuo imitador de Cristo; temos um conselho e advertência. A advertência é quanto aos perigos na caminhada que podem levá-lo a desanimar, recuar, desistir, parar. Ao longo da jornada cristã muitos agiram assim. Demas, por amor ao mundo, retrocedeu (2 Tm 4.10); Diótrefes, querendo ser o “destaque”, o “mais importante”, tornou-se opositor e perseguidor dos fiéis (3 João 9,10). Que esse não seja o exemplo a espelhar-se. Trilhe a jornada com o coração aquecido pelas palavras de Pedro a Jesus – “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna.” (Jo 6.68).

    O conselho é um antídoto para os dias tenebrosos. Diante das adversidades, perseguições, oposições, calúnias, sofrimentos por amor a Cristo, saiba que você é bem-aventurado (Mt 5.11,12); o Senhor se agrada de seu caminhar; Ele tem o controle de todas as situações e age de modo a lhe moldar segundo sua imagem; há propósito em todas situações adversas. Logo, o conselho é perseverar e, assim como Pedro, buscar do alto ousadia para propagar a graça que o alcançou (At 4.29-31). Olhe sempre para Jesus, Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12.2).

     Desafio Evangelístico

    • O ensino de Pedro não era formado por um conjunto vazio de conceitos teológicos. Ouvi-lo era aprender sobre o poder do pecado, como também o poder que há no sangue de Jesus. E durante sua ministração, Deus estava manifestando suas maravilhas com sinais e prodígios.
    • Em meio a tantas mensagens de prosperidade enganosa, precisamos anunciar o Evangelho conforme aprendemos com as Escrituras. E não temer diante das ameaças, pois importa antes de tudo agradar a Deus.

    Uma necessidade de oração

    • Precisamos pedir a Deus que nos capacite a sermos servos disponíveis para anunciar este Evangelho com clareza e simplicidade. Não como teólogos distantes, mas como pessoas que no dia a dia, e em todo lugar, são instrumentos de ensino desta Palavra

    Perguntas Reflexivas:

    • Quantas Pessoas estão amando mais a Cristo por meio de nossa vida?
    • Quantos perigos temos enfrentado por amor aos perdidos?
    • Seria esta mensagem motivo de sentir vergonha?